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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

TÁ MALUCO 2011

Formada há 27 anos, a Troça Carnavalesca Mista Tá Maluco arrasta centenas de foliões pelas ruas e ladeiras de Olinda e já se tornou uma tradição na folia Olindense.
A semente do Tá Maluco surgiu em 1983,quando um grupo de foliões do Varadouro "loucos" pelo carnaval de Olinda decidiu sair uniformizado para acompanhar as troças tradicionais da cidade nos quatro dias da Festa de Momo.
Hoje o Tá Maluco é acompanhado por 25 músicos profissionais, tem 2 estandartes de grande porte confeccionados pelo artista plástico Carlos Ivan, além de hino composto por Severino Araújo e gravado por Claudionor Germano no Cd "20 Super Sucessos".
Todo ano a troça "enche" de azul e preto (cores da camisa) as ruas de Olinda, na manhã de domingo da semana pré-carnavalesca.
O Tá Maluco não tem fins lucrativos, nem políticos. O único objetivo é a diversão, a orquestra é paga com dinheiro da venda das camisas da troça, confeccionadas mediante o patrocínio de empresas que apóiam a cultura pernambucana.


sábado, 26 de fevereiro de 2011

SANTA CRUZ F.C TIME DO POVO PERNAMBUCANO CAMPEÃO 1993

Em pé: Araújo, Marcelo, Reginaldo, Jr. Cordel, Mazo e Quinho;
Agachados: Marcelinho, Washington, Fernando, Marcelo e Serginho

MAESTRO FORRÓ GRANDE TRICOLOR


Amigos corais, voltemos alguns meses no tempo. Lembremos o 3 de fevereiro de 2009, aniversário de 95 anos do Santa. Certamente, um dos dias mais lindos da história do clube. A multidão de volta. Esperança, alegria, euforia. Dezenas de voluntários na grande festa, muitos artistas. Um se destacou – o Maestro Forró, que comandava a genial Orquestra Popular da Bomba do Hemetério.
Num dos momentos mais emocionantes da festa, ele apresentou o recém-criado frevo-de-rua “Vulcão Tricolor”. Apesar de ser um clube das multidões, o Santa ainda tinha esta carência afetiva – um legítimo frevo-de-rua.
A música é uma homenagem a outro grande tricolor, Nelson Ferreira. Forró se inspirou nos frevos-canção “Qual será o score, meu bem?”, de 1941, e “Super Campeão”, de 1957. No seu arranjo, tratou de colocar o inesquecível “Tri-Tricolor”. Só mesmo o Santa Cruz para ter compositores com Nelson Ferreira, capaz de compor um frevo intitulado “Qual será o score, meu bem?” Fora Capiba, claro.
Quando a Orquestra Popular da Bomba se apresentou, na auditório do Conselho, o mundo parecia que estava desabando. Na hora do “Tri-Tricolor”, vi homens duros desabando no choro. A emoção foi ao nível mais alto. Tive medo dos corações envelhecidos. Eu já pensava no Carnaval de 2010, a orquestra tocando fogo em Olinda, com o já famoso bloco “Minha Cobra”.
Forró me conta que fez a música, pagou estúdio do seu bolso, gravou o frevo e entregou ao clube. Disponibilizou a partitura, a música, com o pedido de que o dinheiro arrecadado com as vendas, fosse revertido para o Santa.
“Só ganhei com a alegria de tocar. Pensei que num jogo para 40 mil pessoas, se fizessem um CD a três ou cinco reais, iria vender milhares de cópias, e entraria um bom dinheiro”.
Como o Santa parece não ter aprendido a capitalizar a força da torcida, ficou por isso mesmo. Um presente de luxo, que nunca rendeu um centavo. Nisso, nós somos campeões. O Santa não sabe o que fazer com a força, a generosidade e a criatividade de sua torcida.
Quantos outros artistas não topariam tocar aos sábados na sede social, com um cachê minúsculo, ou até de graça, só para ajudar?
Quantos não topariam jogar uma boa pelada, movimentando a sede, fazendo com que o clima volte a ser de alegria?
Forró lamenta que seu trabalho não tenha se tornado fonte de dinheiro para o Santa, mas ele é o típico torcedor coral. Não fica lamentando, nem procurando agulha em palheiro. Passou. Fez sua parte, se não aproveitaram, não tem nada a ver. Já tem é idéia nova. Quer fazer uma proposta à diretoria para o próximo aniversário do Santa (96 anos), dia 3 de fevereiro de 2010.
“Vou propor um aniversário de 96 anos, com 96 músicos, tocando o hino do Santa Cruz. Depois, um jogo entre os sêniors do Santa e jornalistas corais”.
A exemplo de milhares de torcedores, Forró não entrega os pontos,  não joga a toalha, não fica no choramingo.
“A gente não tem para onde ir. Já chegamos ao fundo do póço. Agora é só subir”.
É isso aí, Forró, é isso aí. Vamos à luta.
Nota: Amanhã, a partir da 9h, nossa I Pelada da Torcida do Santa, no campo ao lado da piscina.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Que o Santa Cruz é o time de inúmeros famosos pernambucanos, não resta dúvida. Nelson Ferreira, Chico Science, Bajado, Capiba são alguns exemplos.

Dentre vários nomes, um em especial, sempre causou polêmica. Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião.

Certa vez, numa mesa de bar, apostei com um torcedor alvirosa que Lampião era tricolor coral santacruzense das bandas do Arruda. A barbie disse que eu estava doido, que a torcida do Santa tem essa mania de dizer que todo mundo torce pelo Santa Cruz, enfim, ela ficou descontrolada. Sem ter como provar, tentei ganhar no bocão, mas não deu certo. O alvirosa não engoliu a conversa e a aposta não aconteceu.

Conversando sobre isto com Julio Vila Nova, tive a grata surpresa de saber a existência de Gerinaldo Tavares, professor de história e morador da Cidade Tabajara. Gerinaldo Tavares é natural de Triunfo e tricolor. Apesar de ir pouco aos jogos, sabe tudo sobre o mais querido, principalmente, no que se refere a fatos antigos. Nos anos 60 ele morou em Campo Grande e sempre esteve perto do Tricolor do Arruda. No último sábado fomos visitá-lo e tratei de apresentá-lo ao Blog do Santinha.

O professor Gerinaldo está perto de publicar o livro “Lampião – histórias não contadas”. Esse livro traz informações que dificilmente são encontradas na bibliografia sobre Virgulino, mostrando que apesar de sua vida no cangaço pelo interior de Pernambuco e arredores, Lampião mantinha contato com coisas da capital. “É um material antigo. Depois que me aposentei decidi concluir a pesquisa”, afirmou o professor.

Para quem assistiu ao filme “Baile Perfumado” deu para notar que o Rei do Cangaço era uma pessoa antenada com as coisas urbanas. Perfume francês, bebidas, fotografias eram consumidos pelo cangaceiro. Alguns até dizem que Virgulino vez por outra vinha ao Recife, tomar os ares da Veneza Brasileira. “Um dos objetivos dessa minha pesquisa, e desse livro, é humanizar Lampião”, disse o professor Gerinaldo.

Depois de alguma conversa fui ao que me interessava. Perguntei ao pesquisador tricolor se era verdade que Virgulino Ferreira era torcedor do Santa. Professor Gerinaldo confirmou que sim. Fiquei impressionado com o material coletado pelo pesquisador e com o trabalho executado. “São mais de dez anos pesquisando e estudando a vida de Lampião. Aliás, muito mais do que isto, desde os meus vinte anos de idade tenho lido sobre ele”. Professor Gerinaldo mostrou várias evidências que comprovam a paixão de Lampião pelo futebol.

Em umas de suas viagens, ele entrevistou uma senhora contemporânea dos tempos do cangaço e moradora da cidade Canindé do São Francisco. Ela foi categórica quando revelou que um dos costumes do grupo de Lampião era degolar o inimigo e chutar a cabeça do sujeito como se fosse uma bola de futebol. Aproveitei e perguntei a Gerinaldo Tavares se ele tinha conhecimento que Lampião jogava de zagueiro. Ele deu uma discreta risada e balançou a cabeça fazendo o sinal negativo e disse: “isso não tem fundamento”.

Entretanto o que evidencia e mostra que Lampião era torcedor do Santa Cruz, são duas entrevistas, uma por sinal gravada em fita cassete.

Na cidade de Venturosa, um bisneto de Colchete, famoso cangaceiro do grupo de Virgulino, afirmou que Maria Bonita carregava consigo um lenço nas cores preta, branca e vermelha. Zé de Veto, o bisneto do cangaceiro Colchete, contou que o lenço foi um presente dado por Lampião. E que Maria Bonita sempre usava quando o grupo estava nas festanças, dançando forró e xaxado.

A outra entrevista, essa gravada em fita cassete, foi concedida por Manuelino Ferreira, sobrinho-neto do próprio Virgulino. O qual morava na área rural do município de Cacimbinhas, no sertão de Alagoas. Ele conta histórias do tio Virgulino, por ele assim chamado na fita. Manuelino Ferreira diz que o tio soube da existência do Santa Cruz numa de suas idas ao Recife. “Tio Virgulino gostava de futebol e numa viagem ao Recife quis ver um jogo. Não deu para ele ir, porém, ele ficou sabendo da existência do Santa Cruz e que era o time do povão, da poeira”.

SANTA CRUZ F.C TIME DO POVO PERNAMBUCANO

TRICOLORES ILUSTRES DE NOSSA MUSICA MAESTRO FORRÓ , MAESTRO SPOK, CHICO SCIENCE( MEU COLEGA E AMIGO DE ESCOLA DO COLÉGIO BAIRRO NOVO DE OLINDA ESTUDAMOS DA OITAVA ATÉ O TERCEIRO ANO JUNTOS !) ANDRE RIOS , CANIBAL E O GRANDE NELSON FERREIRA QUE É AUTOR DO HINO DO NÁUTICO E SPORT ! TODOS TRICOLORES. MAIS O MAIOR PATRIMÔNIO DA TORCIDA DO SANTA E SEM DUVIDA SUA TORCIDA QUE NUNCA NUNCA ABANDONOU SEU TIME AMADO. EU AMO O MAIS QUERIDO TIME DO POVO ! RESPEITANDO TODOS OS TIMES DE PERNAMBUCO COMO O NÁUTICO HEXA CAMPEÃO E O SPORT CAMPEÃO DA TAÇA DO BRASIL. GRANDE ABRAÇO E UM ÓTIMO FINAL DE SEMANA.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Frevo Pernambucano tem sua origem dos golpes de Capoeira

Surgido na cidade do Recife no fim do século XIX, o frevo caracteriza-se pelo ritmo extremamente acelerado. Muito executado durante o carnaval, eram comuns conflitos entre blocos de frevo, em que capoeiristas saíam à frente dos seus blocos para intimidar blocos rivais e proteger seu estandarte[2].
Pode-se afirmar que o frevo é uma criação de compositores de música ligeira, feita para o carnaval. Os músicos pensavam em dar ao povo mais animação nos folguedos. No decorrer do tempo, a música ganhou características próprias acompanhadas por um bailado inconfundível de passos soltos e acrobáticos.


Dança

Da junção da capoeira com o ritmo do frevo nasceu o passo, a dança do frevo.
Até as sombrinhas coloridas seriam uma estilização das utilizadas inicialmente como armas de defesa dos passistas que remetem diretamente a luta, resistência e camuflagem, herdada da capoeira e dos capoeiristas, que faziam uso de porretes ou cabos de velhos guarda-chuvas como arma contra grupos rivais. Foi da necessidade de imposição e do nacionalismo exacerbado no período das revoluções Pernambucanas que foi dada a representação da vontade de independência e da luta na dança do frevo.
A dança do frevo pode ser de duas formas: quando a multidão dança, ou quando passistas realizam os passos mais difíceis, de forma acrobática. O frevo possui mais de 120 passos catalogados.

Origem da palavra

Detalhe da página do Jornal Pequeno de 9 de fevereiro de 1907, onde é citada a palavra frevo.
A palavra frevo vem de ferver, por corruptela, frever, que passou a designar: efervescência, agitação, confusão, rebuliço; apertão nas reuniões de grande massa popular no seu vai-e-vem em direções opostas, como o Carnaval, de acordo com o Vocabulário Pernambucano, de Pereira da Costa.[4]
Divulgando o que a boca anônima do povo já espalhava, o Jornal Pequeno, vespertino do Recife que mantinha uma detalhada seção carnavalesca da época, assinada pelo jornalista "Oswaldo Oliveira", na edição de 9 de fevereiro de 1907, fez a primeira referência ao ritmo, na reportagem sobre o ensaio do clube Empalhadores do Feitosa, do bairro do Hipódromo, que apresentava, entre outras músicas, uma denominada O frevo[5] E, em reconhecimento à importância do ritmo e a sua data de origem, em 9 de fevereiro de 2007, a Prefeitura do Recife comemorou os cem anos do Frevo durante o carnaval.

Instrumento e letra

De instrumental, o gênero ganhou letra no frevo-canção e saiu do âmbito pernambucano para tomar o resto do Brasil. Basta dizer que O teu cabelo não nega, de 1932, considerada a composição que fixou o estilo da marchinha carnavalesca carioca, é uma adaptação do compositor Lamartine Babo do frevo Mulata, dos pernambucanos Irmãos Valença.[6]
A primeira gravação com o nome do gênero foi o Frevo Pernambucano (Luperce Miranda/Oswaldo Santiago) lançada por Francisco Alves no final de1930. Um ano depois, Vamo se Acabá, de Nelson Ferreira pela Orquestra Guanabara recebia a classificação de frevo.
Dois anos antes, ainda com o codinome de "marcha nortista", saía do forno o pioneiro Não Puxa Maroca (Nelson Ferreira) pela orquestra Victor Brasileira comandada por Pixinguinha.
Ases da era de ouro do rádio como Almirante (numa adaptação do clássico Vassourinhas), Mário Reis (É de Amargar, de Capiba), Carlos Galhardo (Morena da SapucaiaO Teu LencinhoVamos Cair no Frevo), Linda Batista (Criado com Vó), Nelson Gonçalves (Quando é Noite de Lua), Cyro Monteiro (Linda Flor da Madrugada), Dircinha Batista (Não é Vantagem), Gilberto Alves (Não Sou Eu Que Caio LáNão Faltava Mais NadaFeitiço), Carmélia Alves (É de Maroca) incorporaram frevos a seus repertórios.
Em 1950, inspirados na energia do frevo pernambucano, a bordo de uma pequena fubica, dedilhando um cepo de madeira eletrificado, os músicos Dodô & Osmar fincavam as bases do trio elétricobaiano que se tornaria conhecido em todo o país a partir de 1969, quando Caetano Veloso documentou o fenômeno em seu Atrás do Trio Elétrico.




Em 1957, o frevo Evocação nº 1, de Nelson Ferreira, gravado pelo bloco Batutas de São José (o chamado frevo de bloco) invadiria o carnaval carioca derrotando a marchinha e o samba. O lançamento era da gravadora local, Mocambo, que se destacaria no registro de inúmeros frevos e em especial a obra de seus dois maiores compositores, Nelson (Heráclito Alves) Ferreira (1902-1976) e Capiba. Além de prosseguir até o número 7 da série Evocação, Nelson Ferreira teve êxitos como o frevo Veneza Brasileira, gravado pela sambista Aracy de Almeida e outros como No PassoCarnaval da VitóriaDedéO Dia Vem RaiandoBorboleta Não É AveFrevo da Saudade. A exemplo de Nelson, Capiba também teve sucessos em outros estilos como a clássica valsa canção Maria Bethânia gravada por Nelson Gonçalves em 1943, que inspiraria o nome da cantora. Depois do referido É de Amargar, de 1934, primeiro lugar no concurso do Diario de Pernambuco, Capiba emplacou Manda Embora Essa Tristeza (Aracy de Almeida, 1936), e vários outros frevos que seriam regravados pelas gerações seguintes como De Chapéu de Sol AbertoTenho uma Coisa pra lhe DizerQuem Vai pro Farol é o Bonde de OlindaLinda Flor da MadrugadaA pisada é essaGosto de Te Ver Cantando.
Cantores como Claudionor Germano e Expedito Baracho se transformariam em especialistas no ramo. Um dos principais autores do samba-canção de fossa, Antônio Maria (Araújo de Morais, 1921-1964) não negou suas origens pernambucanas na série de frevos (do número 1 ao 3) que dedicou ao Recife natal. O gênero esfuziante sensibilizou mesmo a intimista bossa nova. De Tom Jobim e Vinicius de Moraes (Frevo) a Marcos e Paulo Sérgio Valle (Pelas Ruas do Recife) e Edu Lobo (No Cordão da Saideira) todos investiram no (com)passo acelerado que também contagiou Gilberto Gil a munir de guitarras seu Frevo Rasgado em plena erupção tropicalista.
A baiana Gal Costa misturou frevo, dobrado e tintura funk (do arranjador Lincoln Olivetti) num de seus maiores sucessos, Festa do Interior (Moraes Moreira/Abel Silva) e a safra nordestina posterior não deixou a sombrinha cair. O pernambucano Carlos Fernando, autor do explosivo Banho de Cheiro, sucesso da paraibana Elba Ramalho, organizou uma série de discos intitulada Asas da América a partir do começo dos 1980.




O levante de Vassourinhas

Quando as primeiras notas de Vassourinhas são executadas no carnaval pernambucano, a multidão ergue os braços e grita junto e dança freneticamente.


A importância do Galo da Madrugada na preservação do frevo

Galo da Madrugada é um bloco carnavalesco que preserva as tradições locais. Eles tocam ritmos pernambucanos e desfilam sem cordões de isolamento. O desfile do galo da madrugada é um dos momentos para se ouvir e se dançar frevo no carnaval em fevereiro.


Os novos intérpretes do Frevo de Pernambuco

No Galo da Madrugada os foliões também têm a oportunidade de conhecer novos intérpretes de Frevo de Pernambuco como: SpokFrevo Orquestra, Alceu Valença, Claudionor Germano, Gustavo TravassosAlmir RoucheNena QueirogaAndré Rio, entre muitos outros que fazem a voz do frevo contemporâneo acontecer nas Ruas do Recife.


Tipos de frevo

Na década de 1930, surge a divisão do frevo em três tipos