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sábado, 26 de fevereiro de 2011

MAESTRO FORRÓ GRANDE TRICOLOR


Amigos corais, voltemos alguns meses no tempo. Lembremos o 3 de fevereiro de 2009, aniversário de 95 anos do Santa. Certamente, um dos dias mais lindos da história do clube. A multidão de volta. Esperança, alegria, euforia. Dezenas de voluntários na grande festa, muitos artistas. Um se destacou – o Maestro Forró, que comandava a genial Orquestra Popular da Bomba do Hemetério.
Num dos momentos mais emocionantes da festa, ele apresentou o recém-criado frevo-de-rua “Vulcão Tricolor”. Apesar de ser um clube das multidões, o Santa ainda tinha esta carência afetiva – um legítimo frevo-de-rua.
A música é uma homenagem a outro grande tricolor, Nelson Ferreira. Forró se inspirou nos frevos-canção “Qual será o score, meu bem?”, de 1941, e “Super Campeão”, de 1957. No seu arranjo, tratou de colocar o inesquecível “Tri-Tricolor”. Só mesmo o Santa Cruz para ter compositores com Nelson Ferreira, capaz de compor um frevo intitulado “Qual será o score, meu bem?” Fora Capiba, claro.
Quando a Orquestra Popular da Bomba se apresentou, na auditório do Conselho, o mundo parecia que estava desabando. Na hora do “Tri-Tricolor”, vi homens duros desabando no choro. A emoção foi ao nível mais alto. Tive medo dos corações envelhecidos. Eu já pensava no Carnaval de 2010, a orquestra tocando fogo em Olinda, com o já famoso bloco “Minha Cobra”.
Forró me conta que fez a música, pagou estúdio do seu bolso, gravou o frevo e entregou ao clube. Disponibilizou a partitura, a música, com o pedido de que o dinheiro arrecadado com as vendas, fosse revertido para o Santa.
“Só ganhei com a alegria de tocar. Pensei que num jogo para 40 mil pessoas, se fizessem um CD a três ou cinco reais, iria vender milhares de cópias, e entraria um bom dinheiro”.
Como o Santa parece não ter aprendido a capitalizar a força da torcida, ficou por isso mesmo. Um presente de luxo, que nunca rendeu um centavo. Nisso, nós somos campeões. O Santa não sabe o que fazer com a força, a generosidade e a criatividade de sua torcida.
Quantos outros artistas não topariam tocar aos sábados na sede social, com um cachê minúsculo, ou até de graça, só para ajudar?
Quantos não topariam jogar uma boa pelada, movimentando a sede, fazendo com que o clima volte a ser de alegria?
Forró lamenta que seu trabalho não tenha se tornado fonte de dinheiro para o Santa, mas ele é o típico torcedor coral. Não fica lamentando, nem procurando agulha em palheiro. Passou. Fez sua parte, se não aproveitaram, não tem nada a ver. Já tem é idéia nova. Quer fazer uma proposta à diretoria para o próximo aniversário do Santa (96 anos), dia 3 de fevereiro de 2010.
“Vou propor um aniversário de 96 anos, com 96 músicos, tocando o hino do Santa Cruz. Depois, um jogo entre os sêniors do Santa e jornalistas corais”.
A exemplo de milhares de torcedores, Forró não entrega os pontos,  não joga a toalha, não fica no choramingo.
“A gente não tem para onde ir. Já chegamos ao fundo do póço. Agora é só subir”.
É isso aí, Forró, é isso aí. Vamos à luta.
Nota: Amanhã, a partir da 9h, nossa I Pelada da Torcida do Santa, no campo ao lado da piscina.

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